“O meu jeito de compor está ligado à minha vida”
O mineiro de Juiz de Fora (MG), Edmundo Villani-Côrtes (1930), ao ouvir falar a respeito dos pury, declara, num depoimento emocionado à Dauá Purí, sua origem Pury:
“Eu percebi que eu tenho essa origem Pury também, porque a avó do meu pai era uma índia pury. Então, depois, a minha avó por parte de pai, conhecia umas coisas de pury e tinha sido uma pianista de cinema e me parece que também minha bisavó, que também era pury, era pianista. Eu sou pianista compositor e meu pai era flautista e ele fazia flautas a partir do bambu, quando menino, criança.
Então, eu lembrando dos meus antecedentes, ano passado fui convidado pelo Quinteto de Barcelona, um grupo de clarinetistas que gravou um CD, e, nesse CD, me escolheram para representar o Brasil. Então, eu escrevi uma peça para ser tocada por eles com o nome “Purí” em homenagem a essa minha bisavó pury pianista.
Eu acho que é muito interessante perceberem que o nome pury está internacionalmente conhecido agora, porque a representação do Brasil através desse convite que me fizeram e eu, representando o Brasil, fiz questão de homenagear minha bisavó que era uma índia pury.
Eu teria várias outras coisas para falar a respeito, mas quero fazer essa declaração que o nome pury está internacionalmente conhecido.”
Edmundo Villani-Côrtes (1930) é professor, pesquisador, maestro, arranjador, compositor, pianista, crítico musical e Doutor em Música pela USP (Universidade de São Paulo) com catálogo composto por mais de 200 obras. Foi eleito três vezes (1990, 1995 e 1998) o melhor compositor do ano pela A.P.C.A. (Associação Paulista de Críticos de Arte) e eleito para a Academia Brasileira de Música em 2014. Tem dentre suas obras para orquestra a Lenda do Caipora.
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Mais informações sobre o artista:
Notas Contemporâneas l: depoimento de Edmundo Villani-Côrtes (2020) https://www.youtube.com/watch?v=FWAg8f-4dF0
Festival de Música Contemporânea Brasileira (FMCB)
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