Georg Wilhelm Freireyss (1789-1825) foi um naturalista alemão, especializou-se
em ornitologia. Veio ao Brasil, em agosto de 1813, Inicialmente, viajou com Eschewge, por Minas Gerais, tomando contato com os índios Coroados. Posteriormente, acompanhou o príncipe
Maximiliano de Wied, na maior parte de sua viagem pelo litoral (1815-1817). Morreu na Bahia, em 1825. Deixou um manuscrito em alemão, que pertence à Academia Real de Ciências de Estocolmo, onde aparecem 26 vocábulos Alemão-Puri, que foi traduzido e incorporado por Marcelo S. Lemos a seu "vocabulário de língua Puri".
Freireyss em seu livro "Viagem ao interior do Brasil" conta muito sobre os Coroados, mas tratando dos Puri, explica que a língua era tão próxima que não escondia a origem comum, mas o mais interessante era o arco puri que nenhum "coroado pode armar" (pág.102).
Freireyss sugere que esses arcos deveriam ser maiores do que o habitual, dos outros povos indígenas, e deviam representar uma arma poderosa nas mãos dos guerreiros Puri, que sempre encontravam ocasião de usá-lo contra as tentativas de escravização ou extermínio perpetrado pelos portugueses.
Esse retrato de início de século XIX convoca a imaginação de um leitor no século XXI... por onde esses artefatos devem andar hoje em dia? Que museus devem possuir algum exemplar, que não conhecemos? Em que país deve estar, Rússia? Alemanha? França? Não sabemos...
Um pedaço da história do povo Puri ainda incompleta, ainda que esse retrato de bravura seja eloquente.
Freireyss retrata os indígenas com os olhos do século XIX ainda assim... O retrato Puri sobressai, na bravura e luta contra a violência que lhe era imposta. São os passos dos guerreiros e ainda estamos atrás de seus arcos.
Olá!
Meu nome é Anderson Couto. Sou descendente Puri e historiador. Tenho um projeto de divulgação de pesquisas sobre a história do nosso povo. Gostaria de saber como faço para conseguir atrelar o projeto ao Centro de Memória do Povo Puri para conseguir apoio e tirar o projeto do papel. Vocês podem me ajudar?